VOR - Relatório sugere ainda mais melhorias na segurança de navegação
by Volvo Ocean Race on 10 Mar 2015
March 09, 2015. Team Vestas Wind's Chris Nicholson, Volvo Ocean Race CEO Knut Frostad and author of the report Chris Oxenbould face the world's media in Auckland Ainhoa Sanchez/Volvo Ocean Race
O acidente do Team Vestas Wind obrigou a Volvo Ocean Race a buscar respostas para o ocorrido. Por isso, a organização do evento chamou uma auditoria independente para apontar medidas que aumentem a segurança das equipes durante as regatas oceânicas.
A pesquisa foi encomendada pela organização da prova em dezembro do ano passado e foi conduzida por um grupo de peritos na área, presidido pelo almirante Chris Oxenbould, pelo especialista em navegação Stan Honey e pelo especialista em segurança marítima Chuck Hawley. Os peritos concluíram que as causas do incidente são claras. O grupo entrevistou a tripulação, a direção da regata, e fez todas as análises necessárias.
Um dos destaques do relatório é o pedido de melhorias nas cartas de navegação para evitar acidentes semelhantes ao do Team Vestas Wind no futuro. O barco dinamarquês encalhou durante a segunda etapa da Volvo Ocean Race em uma remota ilha do Oceano Índico. Após o incidente, o barco foi removido do recife e agora está sendo reconstruído no estaleiro Persico, em Bergamo, na Itália. O objetivo da equipe é voltar para a competição na etapa entre Lisboa e Lorient, em junho.
'A equipe não tinha conhecimento de que havia perigo para a navegação nas proximidades da ilha. E considerou, de maneira errada, que a profundidade mínima no recife de Cargados Carajos era de 40 metros', resume o relatório.
Sem determinar responsabilidades, o relatório teve as seguintes conclusões:
i. Havia deficiências no uso das cartas eletrônicas e outros dados de navegação do Team Vestas Wind.
ii. Mesmo assim, a cartografia era deficiente na definição dos perigos para a navegação quando mostrou o local em pequena e média escala.
iii. A gestão de emergência funcionou bem e não houve fatores administrativos ou de gestão de regata que contribuíram para o incidente.
As principais recomendações são:
i. Revisar, melhorar e estabelecer diretrizes para o uso de cartas eletrônicos na regata.
ii. Os fornecedores de sistemas de mapeamento e os fabricantes de software de navegação a bordo sejam informados sobre as deficiências percebidas.
iii. O painel sugere também que a Volvo Ocean Race use a sua influência na indústria naval para promover o desenvolvimento de um sistema de navegação melhorado, tanto em termos de cartas náuticas e softwares.
O relatório também fez outras recomendações para a regata. O CEO Volvo Ocean Race, Knut Frostad, disse que todas seriam levadas em consideração. 'O objetivo é distribuir esse relatório para os comandantes e para as equipes. Isso será útil nas regatas futuras e para toda comunidade da vela oceânica'.
A Volvo Ocean Race vive agora a expectativa para a largada da quinta etapa, entre Auckland (Nova Zelândia) e Itajaí (Brasil). Serão 6.776 milhas náuticas a partir do próximo domingo, 15 de março. Será o mais longo e mais difícil percurso desta edição.
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